Fabricantes de chips estão vendo suas ações despencarem na bolsa de valores nesta quarta-feira, 16. A queda é uma reação do mercado à proibição da venda de chips à China, imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump. NVIDIA, AMD, Intel e outras empresas do setor também sofrem perdas por conta de uma possível nova taxa para seus produtos.
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Trump isenta produtos eletrônicos de novas taxas, até os importados da China 12/04/2025 | - Medida é tomada depois de uma semana caótica por conta da guerra tarifária, que teve aumento de taxas para a China e pausa para outros paísesA NVIDIA, maior fabricante de chips do mundo, teve queda de 5% no valor de seus papéis, depois que a empresa anunciou que deixará de receber US$ 5,5 bilhões com a nova restrição. A empresa não poderá mais exportar o chip H20 para a China devido a nova sanção anunciada por Trump na terça-feira, 15.
Já a AMD teve prejuízo ainda maior, com 6% de redução no valor de suas ações. Micron Technology, Broadcom e Intel tiveram quedas entre 2% e 4%. Já a fornecedora de equipamentos para fabricação de chips, ASML, teve redução de 4% no valor de seus papéis.
No início da semana, as ações de tecnologia haviam subido após a isenção de tarifas para alguns produtos. Porém, os anúncios de Trump reverteram o cenário, derrubando o setor nesta quarta.
Enquanto isso, as bolsas chinesas fecharam em alta, mas Tóquio, Seul, Hong Kong e as europeias registraram quedas. Os futuros das bolsas norte-americanas também operam em declínio.
Novas restrições e mais taxa em breve
Não é de hoje que os Estados Unidos apertam o cerco das fabricantes de chips na comercialização com a China. Mesmo assim, o país asiático ainda é um dos principais parceiros comerciais dessas empresas. A NVIDIA, por exemplo, teve cerca de 13% de suas vendas para os chineses no último ano fiscal, um total de US$ 17 bilhões em receita.
Além de novas restrições na comercialização com a China, o setor de tecnologia aguarda uma nova taxa depois que Trump incluiu semicondutores em uma investigação de segurança nacional na segunda-feira.
Fonte: Folha de S.Paulo