BuzzFeed anuncia nova rede social e publica manifesto contra curadoria por IA

O BuzzFeed é vastamente conhecido por seus divertidos testes de qual princesa Disney você é com base em seu signo, planeta preferido e último prato que comeu e afins. Fortemente baseado no que acontece nas redes sociais, o site agora quer dar um passo além e anunciou sua própria rede social. E mais: com base em curadoria humana, e não em algoritmos.

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A empresa não confirmou o nome, mas, observando a landing page criada para o pré-cadastro, a rede social pode se chamar Island. Não existem maiores detalhes sobre a plataforma, exceto por um manifesto contra a curadoria por IA que dominou a internet nos últimos anos. A empresa não explicou ainda se a rede será baseada em web, aplicativo ou ambos. A ideia é focar no compartilhamento, histórias e novos formatos de conteúdos.

Apesar de todo o manifesto contra a curadoria por IA, o próprio site BuzzFeed utiliza tecnologia da OpenAI (criadora do ChatGPT) em seus testes atualmente. E também não nega o uso de AI na nova rede social, mas pretende deixar os algoritmos para ajudar humanos na criação do conteúdo.

Manifesto contra o algoritmo

O BuzzFeed publicou, junto com o anúncio do pré-cadastro para sua rede social, um “manifesto anti-SNARFs”, uma sigla em inglês para Stakes, Novelty, Anger, Retention e Fear. Em português, poderíamos usar Apostas, Novidades, Raiva, Retenção e Medo. Assinado pelo fundador e presidente da empresa, Jonah Peretti, o manifesto (em inglês) explica:

Os criadores de conteúdo exageram as apostas para tornar seu conteúdo urgente e existencial. Eles fabricam novidades e torcem seu conteúdo como algo sem precedentes e único. Eles manipulam a raiva para impulsionar o engajamento por meio da indignação. Eles hackeiam a retenção ao segurar informações e prometer uma recompensa no final de um vídeo. E eles provocam medo para fazer as pessoas se concentrarem com urgência em seu conteúdo.

Em resumo, é um manifesto contra o modo como as redes sociais são usadas e nos manipulam para continuar eternamente em “doomscrolling” (‘rolagem do apocalipse’, o ato de ficar rolando a tela indefinidamente e consumindo conteúdo de qualidade duvidosa). Para isso, a ideia é usar a inteligência artificial para empoderar o usuário, em vez de sequestrá-lo. Como? Bom, isso não ficou muito bem explicado.

“Nós faremos o doomscrolling para você, assim você poderá seguir as maiores tendências, encontrar joias escondidas e ficar por dentro sem arriscar sua saúde mental”, escreveu Peretti. Ele ainda aposta no senso de humor para “combater a raiva e o medo”, e combater a desinformação simplesmente ao “conversar com nossa audiência diversa de maneiras que outras instituições, mídia e plataformas claramente não farão”.

Ainda não dá para entender muito bem como a Island (ou seja lá que nome a rede social receberá) vai de fato funcionar. O que eu vejo no manifesto é que, tirando o uso da IA (mesmo como aliada), a ideia me parece muito com o que eu e muita gente esperamos tirar do Bluesky: uma rede feita por pessoas, para pessoas, e com foco em se divertir, sem perder informações importantes de vista. Eu escrevi um texto sobre como o Bluesky devolve ao usuário o controle do que consome nas redes sociais.

Fonte: TechCrunch

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