Brasil sai ganhando: Apple estuda aumentar fabricação de iPhone no país

O presidente americano Donald Trump anunciou, nesta quarta-feira, 2, novas taxas de importação para todos os países do mundo. E o Brasil, que ficou com a tarifa mínima de 10%, pode sair ganhando na história. Afinal, a Apple pode produzir mais iPhone por aqui para tentar driblar a taxação excessiva de outros países onde tem linhas de montagem.

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Ao menos é o que afirma a Exame. Segundo fontes da revista, a Apple estuda aumentar as linhas de montagem na fábrica da Foxconn do Brasil, que possui capacidade acima do que produz hoje. Atualmente, apenas os modelos base ainda em fabricação podem ser montados na fábrica, que fica em Jundiaí.

No momento, apenas o iPhone 15 é montado na fábrica brasileira, sendo que o iPhone 16 também tem autorização, mas sua produção ainda não teve início. O iPhone 13 também era montado em Jundiaí, bem como o iPhone 14, mas os dois já saíram de linha — o mais recente deles com o lançamento do iPhone 16e.

Atualmente, cerca de 90% da fabricação de iPhone no mundo vem da China, mas esses modelos sofrerão 34% de taxação a partir de hoje, 5 de abril. O restante vem de Índia e Vietnã, que terão impostos de 46% e 26% para entrar nos EUA. A Apple vende mais de 220 milhões de smartphones por ano, sendo boa parte para seu país de origem.

A Rosenblatt Securities calcula que o preço de um iPhone pode subir em até 43% por conta dessas novas tarifas. Ou seja, o iPhone 16 Pro Max, o mais caro do catálogo, pode subir de US$ 1.599 para US$ 2.300 para o consumidor estadounidense. Aí entra o Brasil, que atualmente tem produção voltada apenas para o mercado doméstico.

Brasil pode ser solução para Apple

A Foxconn pode obter permissão de fabricar outros modelos por aqui para exportar para o mercado dos EUA. Assim, a Apple driblaria a nova taxação excessiva e poderia manter preços mais próximos do que pratica atualmente, sem grande prejuízo ao consumidor de seu próprio país.

Entre as alternativas está negociar isenções, mas Trump pretende obrigar as empresas a fabricarem no território estadounidense com as tarifas. Outra opção é reduzir a margem de lucro e absorver parte dos custos, mantendo o consumidor intacto com a mudança. Ainda há uma terceira, que é usar países com taxas menores se tornarem rotas indiretas: recebem a produção e redirecionam para os EUA, com taxas mais baixas.

É bom lembrar que a Apple perdeu valor de mercado assim que a bolsa americana abriu na quinta-feira, após os anúncios dos novos impostos. As ações da empresa chegaram a cair mais de 9%, a maior perda de valor desde 2020.

Fonte: Exame, via TudoCelular

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