A Xiaomi lançou os celulares da linha Redmi Note 14 oficialmente no Brasil na semana passada. Em 2025, a empresa conseguiu trazer uma novidade, apesar dos modelos com poucas mudanças: o Redmi Note 14 Pro Plus também vem, com data para início das vendas ainda a ser revelada — só foi falado que será em fevereiro.
Redmi Note 14: as verdadeiras novidades da linha mais popular da Xiaomi 03/02/2025 | - Xiaomi traz poucas alterações em seus celulares mais conhecidos, e tem até alguns downgrades, apesar da presença de IP68 e o modelo Pro Plus inédito por aqui
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Redmi Note 14 4G: mais bateria, mas downgrade nas câmeras
O modelo mais básico segue sendo o 4G, que mudou de plataforma da Qualcomm para uma da MediaTek, ganhou mais capacidade de bateria e perdeu a câmera ultrawide. A tela é a mesma AMOLED de 6,67 polegadas e resolução Full HD+, e a opção de memória no Brasil também é a mesma, com 8/256 GB.
O processador do Redmi Note 14 4G é o Helio G99 Ultra, que tem performance um pouco melhor em processamento de dados e gráficos, mas é um pouco menos eficiente que o Snapdragon 685 do Redmi Note 13 4G. Mas o Note 14 deve ter duração de bateria melhor pois compensa a eficiência energética inferior com 500 mAh a mais de capacidade, com 5.500 mAh total. O carregamento é o mesmo de 33 W.
No conjunto de câmeras, o sensor principal foi mantido com 108 MP, mas a Xiaomi optou por trocar o ultrawide por um sensor de profundidade. O macro de 2 MP também foi mantido, enquanto ao menos a frontal tem mais resolução agora, com 20 MP (eram 16 MP).
E mudou também o preço de lançamento no Brasil: de R$ 1.999 para R$ 2.499. Já era um valor elevado considerando a categoria que este modelo se insere, e ficou ainda mais longe dos rivais agora. “Ah, mas Xiaomi todo mundo importa”. Não, nem todo mundo importa e, pior, baixa muito menos o preço do que Samsung e Motorola. O que acontece é que as pessoas acabam comprando de importadores que não dão a garantia de um ano, como há nas outras marcas.
Redmi Note 14 5G: IP64 e melhorias na bateria
O modelo 5G também tem um novo processador, trocou a câmera de profundidade por uma macro, traz um pouco mais de bateria e carregamento mais veloz e tem a certificação IP64, com uma proteção maior contra detritos. Além disso, a Xiaomi igualou este modelo com os outros trazendo o leitor de impressão digital para a tela, em vez do botão lateral.
Aqui temos uma renovação de plataforma, com o Dimensity 7025 Ultra substituindo o Dimensity 6080. O novo chip é mais veloz e eficaz que o anterior, mas não chega a ser um upgrade que muda o celular de patamar: o Redmi Note 14 5G segue sendo um intermediário comum — o que não é algo ruim.
Desta vez, a Xiaomi optou por trazer duas versões do modelo. Manteve uma com 8/256 GB e agora tem uma com mais memória, de 12/512 GB. Ou seja, mais espaço e também mais RAM, para quem gosta de abrir muitos aplicativos de uma vez e ficar trocando (em outras palavras, multitarefas).
A bateria aumentou um pouco, de 5.000 mAh no Redmi Note 13 5G para 5.110 mAh no Note 15 5G. E o carregamento ficou mais veloz, subindo dos 33 W para 45 W agora.
Em câmeras, temos a troca do sensor de profundidade por um macro, também de 2 MP, apenas. A frontal também aumentou resolução, assim como no modelo 4G, e agora tem 20 MP. De resto, os mesmos sensores principal de 108 MP e ultrawide de 8 MP.
O Redmi Note 14 5G também teve um aumento de preço, subindo de R$ 2.499 para R$ 2.999 no modelo com menos memória. O outro é ainda mais caro, saindo a R$ 3.699. Não são valores competitivos para a categoria em que o aparelho se insere, infelizmente. Vale o que mencionei sobre o modelo 4G: esse preço raramente baixa, e as pessoas acabam comprando no mercado cinza, com menos garantia.
Redmi Note 14 Pro 5G: IP68 e alguns downgrades
O modelo Pro tem algumas melhorias, mas também traz alguns downgrades comparado a seu antecessor. Entre as novidades estão a certificação IP68, que fazem do Redmi Note 14 Pro 5G à prova de poeira e submersão em até 1,5 metro de água por até 30 minutos.
A tela continua igual, também a mesma dos outros modelos: 6,67 polegadas AMOLED com resolução 1,5K e 120 Hz de taxa de atualização. Porém, neste modelo, a Xiaomi colocou o suporte ao HDR10+ que não estava presente no Redmi Note 13 Pro 5G.
O novo aparelho também trocou o chip por um mais veloz. Sai o já competente Snapdragon 7s Gen 2 e entra o Dimensity 7300 Ultra. Ambos possuem o mesmo tamanho, 4 nanômetros, mas o clock dos núcleos no modelo da MediaTek é maior. Seja como for, é um intermediário bastante competente, e mais potente que o Redmi Note 14 5G.
Na versão brasileira, a Xiaomi trocou a memória de 8/256 GB para 12/512 GB neste modelo. Ou seja, o dobro do espaço de armazenamento e mais RAM para um multitarefas mais completo.
Nas câmeras, o conjunto traseiro se repete: principal de 200 MP, ultrawide de 8 MP e macro de 2 MP. A frontal aumentou a resolução de 16 MP para 20 MP.
E aí, chegamos aos downgrades. A bateria ganhou pouca capacidade a mais, saltando de 5.100 mAh para 5.110 mAh, mas perdeu potência de recarga, que era de 67 W no Note 13 Pro e caiu para 45 W no Note 14 Pro. Além disso, o celular da Xiaomi perdeu o conector de fone de ouvido nesta geração. Ao menos compensa com a presenção do Wi-Fi 6 agora (ainda de banda dupla, pois tripla é só do 6E em diante).
O preço de lançamento obviamente aumentou, e ainda mais que nos outros dois modelos. Com o upgrade de memória, além do restante, o Note 14 Pro parte de R$ 4.699, preço de topo de linha, praticamente — algo que ele não é. O Note 13 Pro chegou ao Brasil por R$ 3.299.
Redmi Note 14 Pro Plus: modelo faz sua estreia no Brasil
O Note Pro Plus faz sua estreia no Brasil na geração Redmi Note 14. Mas nem por isso vou deixar de trazer aqui as novidades desta versão para seu antecessor, até porque era possível comprar o Note 13 Pro Plus com importadores, ou até mesmo direto da China, via AliExpress e afins. Mas, como ele não veio oficialmente para cá, não há ficha do celular no Nanobits, que foca em modelos oficialmente lançados em nosso país.
O Redmi Note 14 Pro Plus tem a mesma tela do antecessor, com o suporte ao HDR10+ como novidade. Mantém o painel AMOLED de 6,67 polegadas e resolução que a Xiaomi chama de 1,5K, que é nada mais que um Full HD+ com mais pixels nos dois sentidos. E também oferece taxa de atualização de até 120 Hz.
Neste modelo, a Xiaomi fez o caminho inverso do outro Pro em termos de plataforma, ou seja, passou da MediaTek para a Qualcomm. Sendo assim, o Pro Plus tem um Snapdragon 7s Gen 3, enquanto o antecessor trazia o Dimensity 7200 Ultra. No papel, é o sucessor do chip presente no Redmi Note 13 Pro, enquanto o sucessor do Note 13 Pro Plus está no Note 14 Pro.
O conjunto de câmeras segue o mesmo caminho do modelo Pro, com a repetição dos sensores principal de 200 MP, ultrawide de 8 MP e macro de 2 MP, e troca do frontal de 16 MP para um de 20 MP.
A bateria aumentou de 5.000 mAh para 5.110 mAh, igualando-se aos outros modelos 5G da linha. E o carregamento se repete, com 120 W de potência máxima.
O Note 14 Pro Plus não tem conector P2, assim como seu antecessor não possuía. E muda o protocolo do Wi-Fi para o 6E (era o 6), mas segue compatível apenas com a banda dupla, de 2,4 GHz e 5 GHz.
Por fim, o preço do note 14 Pro Plus no Brasil será de R$ 5.999 quando começarem suas vendas, data ainda não anunciada. O aparelho chega por aqui na versão de 12/512 GB.
Linha Redmi Note 14 chega mais cara e com poucas novidades
Em conclusão, a linha Redmi Note 14 traz poucas novidades em comparação com seus antecessores. Alguns modelos tiveram até mesmo alguns downgrades, ou seja, têm algumas características abaixo dos celulares lançados no ano passado.
E tudo isso é acompanhado de um aumento de preço, sendo que os valores oficiais da parceria Xiaomi e DL já não eram baixos. Mesmo a Realme, que não consegue competir com os valores mais competitivos de Samsung e Motorola, consegue trazer dispositivos a preços mais próximos aos seus concorrentes diretos das duas marcas melhor estabelecidas no país.
Em outros termos, a presença oficial da Xiaomi fica cada vez mais evidente que é apenas para se manter viva na memória dos brasileiros, que seguem dependendo de importadores para atualizar seus celulares e se manterem fiéis à marca. Não seria nenhum problema, visto que os preços de importadores são atrativos, não fosse a questão da garantia, que eu sempre aponto.
Mas, no fim do dia, a escolha de qual celular comprar é sempre de quem compra, óbvio. O importante é que faça essa escolha de maneira consciente de que está abrindo mão de algo — o que acontece em qualquer escolha que fazemos na vida.