Se você tem se sentido uma pessoa cada vez mais xôxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente, dar um tempo do celular — e das redes sociais, principalmente — pode ser o que você precisa. Isso não é um conselho tirado dos anais do meu ser: é a conclusão de um estudo conduzido pela Universidade do Texas.
De acordo com o experimento, um incrível percentual de 91 em cada 100 participantes melhoraram significativamente depois de apenas duas semanas afastados da internet. Eles disseram sentir-se com humor melhor, mais foco e sentiram um bem-estar. Além disso, vários relataram sentir que os sintomas depressivos melhoraram mais do que ao tomar medicamentos
O estudo foi conduzido por quatro semanas e teve 497 voluntários nas faixas de idade entre 18 e 74 anos. Todos tiveram que bloquear o acesso à internet em seus smartphones para os pesquisadores entenderem os efeitos de estar 100% do tempo conectado.
Apesar de ainda poderem usar o celular para ligações e SMS, eles simplesmente não podiam usar a internet no dispositivo. E isso trouxe melhoria na saúde mental de 71%, enquanto 73% relataram um bem-estar geral aumentado em relação ao período com internet.
É claro que nem todo mundo pode simplesmente cortar o acesso à internet por duas semanas. Mas reduzir o tempo gasto rolando uma tela indefinidamente já traz uma melhoria significativa no seu bem-estar. E dá para trocar por hábitos mais saudáveis, como exercícios físicos, caminhadas ou só observar as nuvens por alguns minutos no seu dia.
Os pesquisadores sugeriram começar por pequenas pausas de 30 a 45 minutos por dia. Eu recomendo, pois eu mesmo já notei melhoria significativa na minha vida ao me afastar totalmente da internet pelo menos por alguns períodos durante a semana. Também já há alguns relatos de melhoria no comportamento das crianças por conta das novas regras do uso de celular nas escolas.
Eu sei que “dar um tempo na internet” é um assunto recorrente. Mas ter estudos comprovando que isso ajuda a reduzir alguns sintomas ruins na saúde mental é importante para que mais pessoas levem isso a sério. O mundo não vai acabar se você não estiver monitorando as notícias nas redes sociais.
Fonte: PNAS Nexus, via BGR