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8 GB ainda vale a pena? Saiba quanto de memória RAM seu celular precisa ter em 2026

Um novo ano está prestes a começar e, com ele, muita gente começa a pensar em trocar de celular. E há um fator que pouco se fala, mas que é fundamental para garantir uma boa experiência por muitos anos: a memória RAM. Como saber qual é a quantidade ideal para não gastar demais, e não correr o risco de ficar com um celular mais lento do que o necessário? É o que vou explicar neste artigo.

Durante muito tempo, o mercado tentou empurrar números gigantescos como necessidade básica. Mas a realidade prática mostra algo diferente. O sistema Android amadureceu muito seu gerenciamento de memória e hoje consegue entregar fluidez com quantidades mais modestas de hardware.

O mito da inteligência artificial

O grande argumento de venda para celulares com 12 GB ou 16 GB de RAM é a IA. Porém, é preciso separar o marketing da vida real. A maioria esmagadora dos brasileiros utiliza ferramentas como o ChatGPT. Esse tipo de IA roda na nuvem, ou seja, o processamento ocorre nos servidores da empresa, não no seu celular. O que você gasta aí é plano de dados ou Wi-Fi, não memória RAM.

A memória extra só se torna obrigatória para quem usa recursos de “IA On-Device”, como o Gemini Nano ou recursos de tradução simultânea local. Se esse não é o seu caso, 8 GB dão conta do recado com tranquilidade.

A pegadinha da RAM virtual

Aqui mora um perigo real para o consumidor desatento. A Motorola enfrentou problemas com o Procon no começo de 2025 por anunciar seus celulares com uma quantidade total de memória RAM que somava o chip físico com a capacidade total de RAM virtual que o aparelho poderia oferecer. A empresa foi obrigada a mudar sua forma de comunicação para deixar claro quanto é memória física e quanto é virtual.

Mas ela não é a única que aposta nesse recurso, e há um temor no mercado de que, a partir de 2026, mais empresas anunciem o total e escondam a quantidade física. Claro que o Procon e especialistas ficarão de olho para evitar que isso se torne comum no Brasil, mas é sempre bom estar alerta. Portanto, sempre verifique a ficha técnica detalhada. O que importa é a RAM física.

O veredito para 2026

Para não errar na compra, o Nanobits define três categorias claras de consumo.

  • Básico (entrada): o mínimo aceitável agora são 6 GB. Aparelhos com 4 GB tendem a travar com aplicativos de banco e redes sociais atuais. Se não der problema agora, vão dar depois de alguns meses de uso.
  • Padrão (a maioria das pessoas): 8 GB é o ponto ideal. Essa quantidade garante um sistema fluido, troca rápida entre aplicativos, mesmo alguns mais pesados — apesar de ter um limite. É a escolha racional para 90% dos usuários.
  • Power User (avançado): 12 GB ou mais. Essa categoria atende quem edita vídeos no celular, mantém dezenas de apps abertos simultaneamente e troca muito entre eles. Aqui, a memória extra serve como uma folga para o futuro.

Acredito que todo mundo sabia qual é o seu próprio perfil, né? Especialmente o usuário mais exigente. Mas, se você estiver em dúvida, a escalada é algo como: “uso só para WhatsApp e algumas redes sociais” > “uso vários apps, tiro muita foto e faço edições rápidas” > “uso muitos apps, edito vídeos/jogo com frequência”.

Tutorial: quanto de memória eu tenho?

Não sabe se o seu aparelho atual atende aos requisitos? Veja como consultar a memória RAM agora mesmo. O caminho pode variar levemente conforme a marca.

  1. Abra as Configurações.
  2. Toque em Sobre o telefone ou Assistência do aparelho.
  3. Procure pelo item Memória ou RAM.

Atenção: Ignore a RAM Plus ou RAM Virtual na conta principal. Se o seu aparelho tiver 4 GB de RAM física, talvez seja hora de considerar um upgrade para um modelo de 6 GB ou 8 GB e garantir mais alguns anos de uso tranquilo.

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