Boas vindas ao Nanobits, um site sem publicidade, sem pop ups chatos e sem vídeo que reproduz sozinho. Já está carregado. Boa leitura!

Adeus, mitos: estudo de 2 anos revela se carregamento rápido vicia a bateria

A recomendação popular diz que carregadores potentes viciam a bateria e que o ideal é manter a carga entre 30% e 80% para preservar o aparelho. Um estudo massivo realizado pelo canal HTX Studio colocou essas regras à prova durante dois anos, com 40 smartphones diferentes. O resultado derruba mitos antigos e muda a forma como usamos a tomada.

O experimento utilizou um sistema automatizado para drenar a energia de iPhones e aparelhos Android até 5% e iniciar a recarga logo em seguida. Esse processo se repetiu por 500 ciclos completos e simulou o desgaste natural de um ano e meio a dois anos de uso intenso. O objetivo foi isolar variáveis e descobrir o impacto real da velocidade de carga na saúde do componente.

Carregamento lento vs. Rápido

A grande surpresa aparece na comparação entre o carregamento lento, utilizado em 18 W para o teste, e o ultrarrápido, com potência de 120 W. Após o fim do teste, a saúde da bateria nos iPhones com carga lenta estava apenas 0,5% melhor que nos modelos submetidos à carga rápida. Nos dispositivos Android, a diferença foi positivo, com 0,3% a menos de degradação.

Esses números mostram que a velocidade de recarga impacta pouco a vida útil do componente a longo prazo. A tecnologia de gerenciamento de energia dos celulares modernos consegue lidar com o calor e a tensão extra sem sacrificar a durabilidade química da célula. Portanto, o usuário pode utilizar o carregador mais potente que tiver à disposição sem medo.

A regra dos 30% a 80%

O teste também avaliou a tática de manter a carga sempre nesse intervalo específico, sem nunca chegar a 100%. O método realmente preserva a química da bateria e garantiu cerca de 4% a mais de capacidade final no iPhone comparado ao uso normal. No Android, a diferença foi de 2,5% de degradação média a mais que o carregamento rápido de 5% a 100%.

Apesar da vantagem técnica comprovada, o ganho prático é questionável diante do esforço necessário. O usuário precisa monitorar o celular constantemente para evitar que ele passe da meta estabelecida ou fique sem energia. Mas é bom lembrar que há modelos que possuem uma configuração para travar o carregametno ao atingir 80%.

Conclusão: use sem medo

O estudo traz uma conclusão libertadora: o desgaste da bateria é inevitável e acontece independentemente dos cuidados extremos. A diferença entre o “uso descuidado” e o “uso neurótico” é pequena demais para justificar o estresse diário.

Você pode aproveitar a conveniência do carregamento rápido ou deixar o aparelho na tomada a noite toda sem culpa. O celular existe para servir o usuário e não o contrário.

Gostou do conteúdo? Conta pra gente nos comentários, fique à vontade para deixar sua opinião (com bom senso e respeito, claro). E siga as redes sociais e o canal no YouTube:

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.