O Poco M7 Pro 5G foi lançado no Brasil em maio a preço alto, como todo produto da Xiaomi que chega aqui oficialmente. Por R$ 2.700, será que esse celular vale a pena?
A ficha técnica do dispositivo é mais simples do que esse preço sugere. Felizmente, é possível encontrá-lo por valores mais condizentes no varejo online nacional. O problema: são importadores que não possuem parceria oficial com a Xiaomi, e portanto raramente oferecem a garantia estendida oferecida pela marca por aqui.
Vamos conhecer melhor o Poco M7 Pro para tentar entender se vale a pena economizar para comprar com importadores e fazer uma aposta de que a garantia não será necessária.
Tela e som
O Poco M7 Pro já é um intermediário com boa tela AMOLED, em um painel de 6,67 polegadas com resolução de 1080 x 2400 pixels. A taxa de atualização é de 120 HZ e este modelo já possui suporte a HDR10+, algo raro na faixa de preço abaixo dos R$ 1.500. Seu brilho máximo pode chegar a 2.100 nits, segundo a fabricante.
Seu sistema de som é estéreo, com conector P2 para fone de ouvido e suporte à tecnologia Dolby Atmos e áudio de alta resolução de 24-bit/192 kHz. Também é um bom diferencial, pois entrega uma boa experiência sonora para a faixa de preço.
É um excelente conjunto para conteúdo multimídia, com tela muito boa e ótimo som para a faixa de preço. E a tela ainda possui proteção com vidro Gorilla Glass 5.
Processador e memória
Internamente, o Poco M7 Pro traz o processador Dimensity 7025 da MediaTek, uma versão otimizada e com velocidade aumentada do Dimensity 7020. É um bom chip intermediário, e consegue entregar experiência que vai além dos aplicativos mais comuns do dia a dia. No AnTuTu, o dispositivo fica perto dos 500 mil pontos.
Se você quer jogar com o celular da Xiaomi, vai precisar reduzir ligeiramente a qualidade gráfica em alguns títulos. O celular vai bem no geral, mas para garantir uma boa estabilidade na taxa de quadros, é preferível evitar configurações mais exigentes, principalmente nos jogos mais pesados.
Oficialmente, o modelo chegou ao Brasil com 8 GB de memória RAM, que pode ser dobrada com RAM virtual. O armazenamento interno é de 256 GB. Ao fazer a compra, é bom chegar duas vezes a capacidade de memória, pois o modelo tem versão com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. Felizmente, eu só encontrei a de 8/256 GB à venda quando produzi esse texto.
Bateria e carregamento
A Poco colocou um pouco mais de energia no M7 Pro do que a maioria dos intermediários na época de seu lançamento. Assim, o aparelho tem 5.110 mAh de capacidade nominal, com carregamento de 45 W.
De acordo com o teste do site TudoCelular, o smartphone da Xiaomi conseguiu mais de 29,5 horas em uso moderado a intenso. Ficou abaixo do Galaxy M35, que anotou cerca de 38,6 horas, e do Moto G55, que chegou a 32 horas. Também perdeu para o Redmi Note 14 5G, mas com cerca de 10 minutos a menos, apenas.
Seja como for, você pode usar o aparelho por um dia com toda a tranquilidade. Se o seu tipo de for mais econômico, dá para chegar a até dois dias. Mas isso vai depender muito de vários fatores.
O tempo de recarga também é muito bom, com apenas uma hora na tomada para ir de 0% até 100%. Isso significa que você tem umas boas horas de uso com 10 minutos apenas na tomada.
Câmeras
O Poco M7 Pro tem um conjunto traseira com um sensor principal de 50 MP e um auxiliar de 2 MP. Honestamente, eu preferiria que fosse só o principal, porque esses auxiliares só encarecem um pouco o produto de maneira muitas vezes desnecessária. Especialmente porque, pelo que eu vi, o celular da Xiaomi não entrega um bom recorte no modo retrato.
Aliás, não achei as fotos tiradas com o aparelho boas. Eu não sou de reclamar muito de câmeras, sempre tento olhar pelo preço do dispositivo. Mas, nesse caso, a maior parte das imagens são descartáveis. O alcance dinâmico não existe, as fotos ficam ou muito estouradas, ou escuras. Dá para conseguir algumas fotos boas se você tiver uma boa habilidade e souber usar a luz a seu favor.
As selfies, curiosamente, são aceitáveis. Pelo menos as tiradas em ambientes bem iluminados. Com pouca luz, perdem nitidez, ou ficam embaçadas por conta de tremidas.
É raro, mas esse é um caso em que eu não recomendaria o aparelho para quem gosta de tirar fotos. A menos que seja uma pessoa 8.000% paciente para ficar fazendo ajustes e testes até encontrar a melhor captura.
Outros aspectos
O Poco M7 Pro 5G tem certificação IP64, que garante uma resistência extra contra poeira e jatos leves de água. A tela funciona quando seus dedos estão molhados, mas eu não recomendo o uso embaixo d’água, até porque o aparelho não tem proteção garantida contra submersão.
E esse é um celular intermediário com leitor de impressão digital sob a tela, e tem ainda um sensor de batimentos cardíacos. O conector de fone de ouvido fica ao lado do sensor infravermelho, na parte superior do aparelho.
Quanto à conectividade, aliás, o Poco M7 Pro conta com 5G, Wi-Fi de banda dupla, Bluetooth 5.3 e NFC. Bem completo nesse sentido.
O dispositivo roda originalmente o Android 14 sob HyperOS, mas deve receber até mesmo a HyperOS 3, segundo um cronograma oficial da própria Xiaomi.
Quanto vale a pena pagar no Poco M7 Pro
Você encontra esse celular da Xiaomi com 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno no início de agosto por cerca de R$ 1.350. É um valor interessante pelo que o dispositivo entrega.
Se você quer um bom intermediário, com tela que tem brilho alto e HDR, boa autonomia de bateria e carregamento rápido, e não liga muito para as câmeras, acho que até a faixa dos R$ 1.500 é um preço interessante para pagar pelo modelo com 8/256 GB. Aí o preço para outras variantes varia conforme as coisas mudam, mas a diferença máxima que eu pagaria é de R$ 200 para mais ou para menos.
Reforço aqui que esse preço é de importadores, digamos, independentes, que não oferecem mais do que 3 meses de garantia obrigatória por lei no Brasil. Se a garantia é algo valioso para você, recomendo o Galaxy A36 ou o Moto G56 como alternativas.
Ficha técnica do Poco M7 Pro
Sobre
| Preço sugerido* Preço oficial de lançamento sugerido pela marca | R$ 2.699,99 |
| Dimensões Altura, largura e espessura do aparelho no modo paisagem (deitado). | 162,4 x 75,7 x 7,99 mm |
| Peso | 190 gramas |
| Cores | Prata, verde |
| Resistência | IP64 |
| Disponibilidade | 05/2025 |
Especificações
| Tela principal Tecnologia e tamanho do painel // Existem vários tipos de display no mercado, como LCD, OLED e variantes, a depender da fabricante. Telas com painel LCD/TFT costumam entregar cores mais naturais, enquanto OLED/AMOLED entregam cores mais vivas e alcançam brilho maior. | AMOLED de 6,67" |
| Resolução e FPS Quantidade de pixels verticais e horizontais (nessa ordem) e taxa de atualização máxima da tela. Muitos smartphones mais novos possuem essa taxa variável para economizar bateria. | 1080 x 2400 pixels, 120 Hz |
| Plataforma Plataforma ou chipset é um conjunto de circuitos integrados que, no caso do celular, inclui processador, chip gráfico e vários outros componentes cruciais para o bom funcionamento do aparelho. | MediaTek Dimensity 7025 Ultra 5G (6 nm) |
| Memória RAM (Random Access Memory, memória de acesso aleatório) e armazenamento interno total do dispositivo. | 8/256 GB |
| Cartão de memória | microSD |
| Sistema Operacional SO // Todo sistema de computação roda em um software base chamado sistema operacional (SO), que controla todas as operações computacionais básicas. Os apps que instalamos precisam ser compatíveis com esse sistema. | Android 14 sob HyperOS |
| Bateria Capacidade de bateria disponível no dispositivo. Considerada a capacidade típica. | 5.110 mAh |
| Carregamento Potência máxima de suporte para recarga da bateria. Quase todos os modelos possuem carregamento reverso com fio. Aparelhos descritos com recarga reversa aqui se refere ao carregamento reverso por indução (sem fio). | 45 W |
| Alto-falante Sistema de som próprio do dispositivo | estéreo |
Câmera
| Principal Câmera principal é a utilizada como padrão no seu celular para tirar fotos e gravar vídeos. | 50 MP, f/1.5, OIS |
| Macro Câmera que capta detalhes de objetos muito próximos, geralmente com distância focal de 2 até 6 centímetros, no máximo. | 2 MP, f/2.4 |
| Vídeo Resolução máxima de captação de vídeo com a câmera traseira e taxa de quadros. | 1080p@30fps |
| Frontal Câmera responsável pela captação de fotos e vídeos "selfies" | 20 MP, f/2.2, 1080p@30fps |
Rede e conectividade
| Rede Rede se refere às tecnologias de transferência de dados às quais o aparelho possui suporte. | 2G, 3G, 4G, 5G |
| Tipo do chip Tipo do chip, ou SIM, é o pequeno cartão com as informações da operadora, indispensável para o celular conversar com a rede. É nele que tem, por exemplo, a informação do seu número de telefone. Há, atualmente, três principais tipos de cartão de operadora no Brasil: padrão, micro SIM e nano SIM. Em breve, também deve começar a chegar o eSIM, que é eletrônico. | Nano SIM |
| Dual SIM Se o dispositivo possui suporte para mais de um chip, físico ou eletrônico. Alguns aparelhos possuem dois espaços e suporte para eSIM, mas só pode ser usado com duas linhas, por exemplo. | Sim |
| Wi-Fi Wi-Fi conexão sem fio mais popular, que usa ondas de rádio para transmitir dados entre dois dispositivos. Celulares dual-band possuem suporte a uma conexão mais rápida, mas menos estável (5 GHz). | 5, banda dupla, hotspot |
| Bluetooth Bluetooth é uma tecnologia de comunicação sem fios para troca de dados entre dispositivos. Costuma ter curto alcance e serve para conectar fones, mouses, teclados e até celulares ou computadores a outros celular ou computador. | 5.3, A2DP, LE |
| NFC NFC (Near field communication) é um conjunto de padrões para smartphones e dispositivos semelhantes para estabelecer comunicações de rádio ponto a ponto, tocando ou aproximando-os, geralmente não mais do que alguns centímetros. | Sim |
| Localização | GPS, GLONASS, BDS, GALILEO |
| Conectores O tipo de porta que o dispositivo tem para dados, energia e áudio (reprodução e captação) | USB-C 2.0, P2 |
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