No final de 2017, a Samsung lançava um ousado aparelho intermediário com acabamento em vidro e certificação IP68 em versão “normal” e Plus. Era o Galaxy A8 (2018), uma tentativa da empresa de organizar a linha A, trazendo numeração semelhante à de seus topo de linha. Já no ano seguinte, a ideia foi para o espaço, mas os ótimos dispositivos não perderam a elegância por conta disso.
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Já se passaram dois anos e meio desde o anúncio global do Galaxy A8 e sua versão maior, o A8+. Atualmente, você só vai encontrar esses modelos à venda usado, nos Mercado Livre e OLX da vida, ou recondicionado no Trocafone. E foi onde achamos o aparelho por um preço interessante: a partir de R$ 959 pelo A8 (estado muito bom), e R$ 1.080 o A8+ (estado bom). E aí, será que vale?
Vamos passar por diversos quesitos do aparelho, pensar no que mais há disponível no mercado em matéria de dispositivos intermediários e de entrada e avaliar se ele, usado, pode ser mais interessante que modelos novos à venda por aí.
Galaxy A8/A8 Plus: design e construção
O Galaxy A8 2018 é um dos últimos intermediários da Samsung a contar com acabamento em vidro. O último de fato foi o Galaxy A80, mas enfim… o design é baseado no Galaxy S8, se diferenciando um pouco em alguns pequenos detalhes. Como, por exemplo, co conjunto de câmeras, que já lembra o S9, ainda a ser lançado quando os intermediários chegaram ao mercado.
A8/A8 Plus trazem uma tela plana com acabamento 2.5D e com bordas relativamente finas nas laterais e um pouco mais espessas na parte de cima e de baixo da tela. Inclusive, a borda superior serve pra abrigar as duas câmeras frontais que ele possui.
As laterais são em metal, e a sua traseira, como comentei, é em vidro. Ele tem apenas uma câmera traseira relativamente centralizada com um leitor de impressões digitais logo abaixo. Bastante parecido com o Galaxy S8, só que mais “quadrado”. E, de novo, com a câmera parecida com o S9.
Ambos possuem resistência IP68. Quer dizer, quando novo tinham essa resistência. Quando falamos de usado, o aparelho já pode ter sido aberto para algum tipo de reparo. Caso não tenha sido realizado numa assistência autorizada, essa resistência pode acabar sendo invalidada. Além disso, acontece de o celular cair no chão e sofrer algum dano, mesmo que imperceptível, que pode deixar entrar água. Fique ligado quanto a isso.
Galaxy A8/A8 Plus: tela e áudio
A tela do Galaxy A8 tem 5,6 polegadas, enquanto a so A8 Plus é de 6 polegadas, ambas com tecnologia Super AMOLED e resolução Full HD+. É um display com ótima qualidade, e excelentes cores escuras, justamente por conta da natureza do painel. Suas cores são um pouquinho saturadas, como é padrão da tecnologia, mas isso pode ser facilmente ajustado nas configurações. Ainda assim, muitas pessoas podem preferir essa saturação ao invés da fidelidade máxima das cores.
Quando saíram, se havia algum intermediário com a proporção diferente do 16:9, não eram muitos. A tela 18,5:9 do A8 e A8+ inovou na categoria neste sentido.
Os aparelhos ainda trazem saída de som na lateral, e nada de som estéreo. A qualidade é boa, mas fica abaixo do que outros aparelhos concorrentes são capazes de entregar. O fone de ouvido é bom, trata-se de um intra-auricular de boa qualidade, mas que fica abaixo do AKG dos irmãos mais caros.
Galaxy A8/A8 Plus: hardware e bateria
Esses modelos são equipados com a plataforma Exynos 7885, da própria Samsung, com 4 GB de RAM e 64 GB de espaço para armazenamento interno. O desempenho para redes sociais é melhor que o de aparelhos com o Snapdragon 636, como o Moto G7 Plus. Porém, quando falamos de jogos, vemos que a GPU Mali-G71 acaba deixando a desejar.
Ainda assim, jogos simples podem ser executados sem muitos problemas. Vemos a limitação da placa gráfica quando partimos para jogos altamente pesados, como o Fortnite, o jogo mais pesado atualmente disponível na Play Store. Nesse caso, o chipset está um degrau abaixo do Exynos 9610/9611 dos Galaxy A50, Galaxy A51 e Galaxy M31.
Quando se trata de bateria vemos que, quando novos, os modelos eram capazes de entregar até oito horas de tela, graças aos 3.500 mAh do A8+. O A8 fica abaixo, como sempre com autonomia bem pior que a versão Plus, ainda mais com apenas 3.000 mAh. Ou seja, um dia completo sem muitos problemas na versão maior, e talvez um pouco de dificuldade de chegar a isso no maior. Porém, o tempo passou e a a bateria de um modelo usado pode não ser mais capaz de segurar tanto a carga. Espere por uma duração um pouco menor.
Galaxy A8/A8 Plus: câmeras
O Galaxy A8 2018 tem uma pegada um pouco diferente do que começava a entrar na moda à época de seu lançamento. Ao invés de duas câmeras traseiras e uma frontal, os modelos têm o contrário: são duas frontais e uma traseira, apenas. Com configuração igual nos dois modelos.
Começando justamente pela traseira, vemos que a Samsung colocou aqui uma câmera de 16 MP capaz de gravar apenas em Full HD+ a 30 quadros por segundo. Infelizmente, aqui vemos o ponto mais fraco dos aparelhos. Eles entregam resultados com cores lavadas, com um foco bem lento, e com pouco contraste.
A câmera frontal de 16 MP se sai relativamente bem para cenários com boa luz, e a noite isso fica um pouco mais complicado. Porém, a parte ruim é que a segunda câmera, de 8 MP, serve apenas para modo retrato, sendo que uma ultra grande angular seria muito mais útil aqui — mas era ainda um sonho distante na época que esses celulares foram lançados. Quando comparamos com aparelhos de entrada atuais, com certeza eles se saem melhor, então mesmo sendo um ponto negativo do aparelho, vale a pena ficar de olho quanto a isso.
E aí, vale a pena? Onde comprar?
O Galaxy A8 pode ser encontrado em uma faixa de R$ 500 a R$ 900 na OLX e Mercado Livre. Já o A8 Plus varia dos R$ 700 até R$ 1000, também usado. Dependendo da condição do aparelho, um deles pode sim ser uma boa opção. Lembrando que no Trocafone tem unidades recondicionadas por R$ 1.199, em estado excelente, do A8+, e R$ 989 em estado excelente do A8, que pode ser uma boa alternativa, com garantia da loja e tudo o mais.
Mas não deixe de olhar modelos concorrentes como o Zenfone 5 e o Moto G7 Plus. Sempre bom ficar de olho para encontrar aquele aparelho que mais se adequa às suas necessidades. Lembre-se que usado não tem garantia, então qualquer reparo terá que sair do seu bolso. Só cuidar bem do aparelho que dificilmente você enfrentará problemas, e isso vale pra qualquer telefone, claro.
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