A indústria de tecnologia vive um paradoxo cruel. Ao mesmo tempo em que as fabricantes prometem uma revolução com a inteligência artificial nos smartphones, a demanda explosiva por essa mesma tecnologia cria uma crise de componentes que recai sobre o consumidor. A consequência direta deve ser o encarecimento dos aparelhos ou, pior, um retrocesso nas especificações técnicas dos modelos de entrada.
Um vazamento recente do informante Lanzuk, em seu perfil no Naver, acende o alerta: a escassez global de memória DRAM pode forçar as marcas a reduzir a quantidade de RAM em celulares básicos e intermediários. O padrão de 6 GB ou 8 GB corre o risco de regredir para 4 GB em 2026.
A conta chega para você, já que o motivo é puramente financeiro. Grandes fabricantes de semicondutores, como Samsung e SK Hynix, direcionam suas linhas de produção para a memória HBM (High Bandwidth Memory). Esse tipo de memória alimenta os servidores de IA e as placas da NVIDIA, produtos que geram margens de lucro astronômicas.
Com o foco industrial voltado para atender as Big Techs, a produção de memórias convencionais para celulares (LPDDR) fica em segundo plano. A oferta cai, o preço sobe e quem paga a conta é o usuário final. Para não subir o preço do celular na prateleira, a solução das marcas seria cortar o hardware.
O resultado é irônico: o mercado enriquece com a venda de chips para IA, enquanto o seu próximo celular pode ficar tecnicamente “menos inteligente”, incapaz de rodar funções básicas de multitarefa com fluidez. Enquanto a tecnologia é vendida como salvadora da pátria, a infraestrutura da IA canibaliza o hardware do consumidor comum — que sequer poderá aproveitar os recursos.
MicroSD como “prêmio de consolação”?
Diante desse cenário de chips caros, uma publicação no Weibo e repercutida no site WCCFTech levanta uma solução possível: se o custo da memória de armazenamento (NAND) também disparar, as fabricantes terão dificuldade em padronizar os 256 GB ou 512 GB em modelos acessíveis.

Considerando o aumento no preço das memórias, será que alguma fabricante considera expansão de memória com cartão microSD? Os usuários poderiam ampliar o armazenamento com baixo custo de acordo com suas necessidades, e poderia até ser projetado como um espaço combinado de SIM + cartão microSD sem necessidade de novas aberturas.
Me pergunto se isso é possível para 2026; o conceito parece um pouco avançado.
Apesar de ser uma tecnologia bem simples e que já foi utilizada antes, essa solução traria ainda mais custos para o consumidor. Você já paga caro no smartphone, e ainda tem que comprar um chip de memória adicional, no qual ainda só pode guardar fotos, vídeos, documentos e afins.
Claro que, por outro lado, tem a vantagem de transferir o cartão para um novo celular sem a chatice de esperar um aparelho enviar os arquivos para o outro — basta abrir a gaveta, tirar o microSD de um celular e colocar no outro. É um custo adicional que muita gente não se incomoda em ter.
E é uma forma de compensar o hardware limitado sem elevar os custos de produção — e, consequentemente, de venda. O que você acha? Compartilha sua opinião nos comentários abaixo.
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