Se você usa o navegador mais popular do mundo, seus dados podem estar mais expostos do que imagina. Um novo levantamento sobre privacidade digital, realizado pela Digitain, colocou o Gogole Chrome e os principais navegadores do mercado sob o microscópio. O resultado confirma o temor de muitos especialistas: as opções mais famosas são, justamente, as mais invasivas.
O relatório, divulgado pelo site Neowin, analisou como cada software lida com o rastreamento de usuários, coleta de histórico e bloqueio de anúncios nativo. Para a surpresa de ninguém — e para o desespero de milhões —, Google Chrome e Microsoft Edge aparecem como as opções menos recomendadas para quem preza pelo sigilo online.
Os “Vilões”: Chrome e Edge
O estudo classifica o Chrome como um dos piores em privacidade. O motivo é simples: o modelo de negócios do Google depende de anúncios. O navegador coleta uma quantidade massiva de dados para alimentar essa máquina e ratreia hábitos de navegação mesmo que o usuário não perceba.
O Edge não fica muito atrás. Embora seja rápido, ele peca pelo excesso de telemetria enviada aos servidores da Microsoft e pela insistência em exibir propagandas e notícias sensacionalistas na página inicial.
E mais: o Opera, apesar da VPN integrada, também não é um queridinho da privacidade. Segundo o estudo, a política de privacidade levanta dúvidas após a aquisição por um consórcio chinês.
Mas nenhuma dessas opções é pior para a privacidade do que o recém-lançado ChatGPT Atlas, que somou 99 pontos de 100 possíveis e foi considerada a pior alternativa entre os navegadores analisados. Você pode ver o ranking completo no final da matéria.
O chefe de marketing digital da Digitain, Paruyr Harutyunyan, o novo hype de browser baseados em IA é um perigo. De acordo com ele, muita gente aproveita a novidade sem parar para pensar na questão da privacidade e pode se colocar em risco.
Novos navegadores baseado em IA como ChatGPT Atlas e Comet, da Perplexity, chamam muita atenção agora e milhões de pessoas os experimentam por causa do hype da IA. Esses browsers têm recursos interessantes que não são oferecidos pelas alternativas tradicionais, mas os usuários precisam parar para checar quão seguros eles realmente são. IA trabalha com coleta e aprendizado de dados, o que significa que essas ferramentas podem coletar mais de suas informações pessoais do que você imagina. Só porque uma coisa usa IA não quer dizer automaticamente que seja segura ou privada.
Para onde fugir?
Na outra ponta, o estudo destaca navegadores que já vêm configurados para proteger o usuário, com bloqueios de rastreadores por padrão e sem armazenar logs de navegação. Entre eles, o levantamento aponta Tor Browser, Brave e Mullvad Browser como os mais seguros.
O Tor Browser, embora sacrifique a velocidade de navegação, somou apenas 40 pontos, e ainda assim entrou no top 10 dos menos privados. Já o Brave, que é baseado no motor do Chrome, o Chromium, remove toda a parte de rastreamento do Google.
O Mullvad é um projeto desenvolvido entre a empresa de VPN de mesmo nome e o Tor Project. É divulgado como um browser de código aberto com foco na privacidade.
De acordo com o levantamento, a lista dos 10 navegadores menos privados para os que mais respeitam a sua privacidade:
- ChatGPT Atlas – 99
- Google Chrome -76
- Vivaldi – 75
- Microsoft Edge – 63
- Opera – 58
- Ungoogled – 55
- Mozilla Firefox – 50
- Apple Safari – 49
- DuckDuckGo – 44
- Tor – 40
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