Samsung Galaxy Buds vs Buds+: qual geração vale mais a pena?

A Samsung lançou os Galaxy Buds no ano passado, e um ano depois anunciou a nova versão, que chamou de Galaxy Buds+ (ou Buds Plus). Há algumas melhorias no novo modelo, mas será o suficiente para incentivar uma troca de geração? Ou será que o modelo antigo, que ainda está à venda e pode ser encontrado facilmente, já atende às suas necessidades?

A seguir, o Nanobits descreve os dois pares de fones de ouvido sem fio e explica as diferenças entre cada modelo. Assim, você pode avaliar qual deles é o ideal para o seu uso. Se quiser, você pode pular direto para algum aspecto específico que julgue ser o mais importante ou até para a conclusão para ver um resumo das diferenças entre os fones Bluetooth. Fique à vontade e não esqueça de comprar em um dos links monetizados para ajudar o site.

Design e itens na caixa dos Galaxy Buds e Buds+

A aparência não mudou muita coisa dos modelos originais para os de 2020. Os Galaxy Buds são mais discretos que os AirPods da Apple, sem a haste que fica para fora da orelha. Há ponteiras que entram no ouvido, o que reduz bastante o perigo de caírem. Para maior conforto, o usuário tem ponteiras e barbatanas extras para encontrar a combinação com o melhor encaixe no seu ouvido.

Os controles ficam na área externa, em botões sensíveis ao toque que podem começar ou parar a reprodução, aumentar e diminuir volume e avançar ou retroceder a faixa, além de atender chamadas. Nos Buds Plus, também é possível acessar a Bixby e até abrir o Spotify com um toque mais longo — que você pode configurar no app Galaxy Wear.

Os fones ainda trazem certificação IPX2, contra respingos d’água e suor, nas duas gerações. E os modelos mais novos possuem um microfone a mais para ajudar na redução do ruído e captação da voz. As opções de cores também variam dependendo da geração: preto, cinza, amarelo e branco na primeira; preto, azul e branco na segunda. Novas cores para os BUds+ no Brasil podem ser anunciadas no futuro.

Outra diferença está no acabamento do estojinho de transporte: enquanto os Galaxy Buds têm case fosca, os Buds+ possuem uma espécie de pintura brilhante. Na caixa, além dos fones e caixinha de carregamento, você vai encontrar um cabo USB-C e três pares de ponteiras e barbatanas extras.

Áudio: reprodução e captação

Galaxy Buds Plus
Galaxy Buds Plus (e) têm estojinho diferente dos modelos originais (d) // Felipe Junqueira/Nanobits

Um dos grandes diferencias anunciados pela Samsung na apresentação dos novos Galaxy Buds Plus é a melhoria na qualidade de áudio, tanto na captação como na reprodução. De fato, o hardware tem mudanças, com a inclusão de novos drivers, um tweeter e um woofer, para emitir som mais preciso. Já na captação, há um terceiro microfone, que ajuda na redução de ruído.

O usuário pode ajustar como prefere o som de seus fones: mais graves, suave, dinâmico, nítido ou mais agudo. É só mexer no equalizador dentro do Galaxy Wear. Também no app é possível ajustar o nível de retorno sonoro, para ouvir quase nada do som externo, médio, ou muito.

A qualidade no geral é bem satisfatória nas duas gerações, com os Buds+ realmente à frente dos antecessores, especialmente na captação. Mas para quem vai usar mais internamente, os Galaxy Buds originais podem ser suficientes, pois já entregam uma boa reprodução e a redução de ruído também é razoável.

Bateria dos Galaxy Buds e Buds+

Galaxy Buds Plus
Fones de qualquer geração cabem em qualquer estojo// Felipe Junqueira/Nanobits

Também há uma diferença na bateria: o aumento no tempo de uso foi bem grande. A Samsung promete até 11 horas de reprodução, ou 7,5 horas em chamada de voz nos Galaxy Buds+. Os Buds originais têm cerca de 6 horas de autonomia, que cai para 5 horas em chamadas. E mais 7 horas de reprodução com uma carga possível na case. Os Buds Plus também fazem uma recarga completa, podendo chegar a 22 horas de reprodução sem precisar de energia. Os Buds chegam ao máximo de 7 horas, e aí precisam de alguma recarga.

É uma baita diferença e, se você for usar por muito tempo sem ter como ficar recarregando, os Buds originais provavelmente não vão te atender. Mas 13 horas de autonomia já é um tempo muito bom.

Além disso, ambos podem ser recarregados com o Wireless Powershare disponível nos Galaxy S10 para a frente. Existem celulares de outras marcas que também fazem o compartilhamento de energia sem fio, mas não garanto a compatibilidade.

Recursos dos fones sem fio

Galaxy Buds Plus
Galaxy Buds Plus são praticamente idênticos aos modelos de primeira geração // Felipe Junqueira//Nanobits

Ambos possuem suporte ao Bluetooth 5.0 e compatibilidade com diversos assistentes de voz, como Siri, Alexa, Assistente do Google e, claro, Bixby. Os Buds+ têm a vantagem de acessar o Spotify com um pressionamento longo do botão capacitivo, dependendo da configuração feita no app Galaxy Wear. E, como já mencionado, é possível equalizar o áudio, ajustando para dar um ganho nos graves ou agudos, e também no nível de retorno do som externo.

Também já foi mencionada a compatibilidade com o carregamento sem fio, que serve não apenas para celulares que fazem o compartilhamento da bateria como para carregadores wireless de parede. Ah, e possuem pareamento rápido: ao menos os smartphones da Samsung, ao detectar os Buds em modo de sincronização, você vai ver um pop-up para conectar os fones, sem precisar abrir as configurações Bluetooth.

Preços

Galaxy Buds Plus
Galaxy Buds Plus são leves e discretos, mas poderosos // Felipe Junqueira/Nanobits

Com relação aos preços, como sempre, o oficial é uma coisa e você acaba encontrando ofertas mais bacanas no varejo online. Na loja oficial da Samsung, os originais custam R$ 810 à vista, enquanto os Buds+ saem por R$ 1.170, também no pagamento em 1x. Minha dica é: se a diferença de preço entre os dois modelos for superior a R$ 200, economize seu dinheiro e compre os Galaxy Buds originais. Se for menos que isso, o investimento a mais nos Buds+ pode vale a pena.

Galaxy Buds

Galaxy Buds+

Galaxy Buds ou Buds+: qual vale mais a pena?

Galaxy Buds Buds Plus
Galaxy Buds e Galaxy Buds+ com as cases e caixas // Felipe Junqueira/Nanobits

Considerando que ambos são igualmente muito confortáveis de usar, já que possuem design praticamente idêntico e praticamente as mesmas medidas, é uma questão de saber o que você precisa. O áudio melhorou um pouco, autonomia de bateria dobrou, mas já era boa, microfone e redução de ruído deram uma melhorada, mas também nada que justifique trocar os Buds pelos Buds+, por exemplo. Os modelos da geração passada ainda são muito bons e estão mais baratos.

Sinceramente, não acho que as melhorias dos Buds Plus sejam suficientes para justificar quase duzentos reais a mais. Se a diferença de preços for de menos de cem reais, é fácil escolher os modelos novos. Senão, pode ser que os Buds de primeira geração te atendam bem o suficiente para justificar a economia. A menos que você vá usar muito na rua, aí o investimento a mais pode realmente compensar.