Sobre o Mutlilaser G Pro
Não é só a Xiaomi que tem celular bom, bonito e barato. A Multilaser tá pintando como concorrente à altura! Já falei antes do H, um intermediário potente que, custando R$ 1.400 bate de frente com modelos de R$ 2.000. Já o Multilaser G Pro é uma opção boa e barata da companhia brasileira.
Esse smartphone de entrada que pode ser opção melhor que um LG K12, K40s ou K50s, Moto E6 Plus e afins. E entra em uma área onde a Xiaomi não é tão forte, que são os aparelhos de menos de oitocentos reais.
O G Pro, para quem não conhece, é um celular com hardware mais modesto e plataforma pouco conhecida, pouca memória RAM, poucos recursos. Mas é um ótimo aparelho para quem quer pagar pouco e não faz questão do que há de melhor no mercado. Conheça mais sobre este dispositivo no vídeo e texto abaixo.
O preço de lançamento do aparelho era R$ 799 e, atualmente, a própria Multilaser cobra R$ 899 por ele em seu site. No varejo online, o celular está na faixa dos R$ 750.
Preços
Atualmente, o Multilaser G Pro pode ser encontrado na faixa dos R$ 700. Se você encontrar por menos de R$ 700, é uma ótima compra. Não é recomendável pagar mais de R$ 800.
*Os preços acima podem variar. São os melhores disponíveis no momento de publicação da postagem.
Multilaser G Pro em jogos
A desconhecida plataforma UNISOC se mostrou melhor que o MediaTek P22 presente em todos os LG K12, K40s e K50s, além do Moto E6 Plus. Rodou muito bem os jogos que eu testei aqui, sempre entregando fluidez, troca de aplicativos com boa velocidade, considerando, claro, o preço do celular.
Consegui rodar Free Fire no Ultra, com todas as configurações máximas dentro do que é permitido pelo aparelho. E rodou tranquilamente. PUBG Mobile também foi bem, apesar de não liberar configurações gráficas tão avançadas.
Para quem quer jogar algo mais leve e casual, pode ficar tranquilo: o Multilaser G Pro vai rodar Sonic Dash, Subwat Surfers, Candy Crush e aifins sem nenhum problema.
Outros destaques
A bateria pode não ser das mais duradouras, apesar de ter 4.000 mAh. É suficiente para um dia de uso entre moderado e pesado, com uma horinha jogando, mais uma horinha de vídeo e troca de mensagens e por aí vai. Mas não passa muito disso. Era de se esperar que aguentasse um pouco mais, chegando talvez até a metade do segundo dia ainda com uma carga legal. Você possivelmente vai precisar recarregar toda noite.
O que me deixou mais intrigado é que a câmera é boazinha. O app funciona muito bem, registra rápido, e a qualidade das fotos tá bem legal, até melhor que o Mutlilaser H. Isso, claro, considerando a faixa de preço do aparelho, como sempre. Não vai comparar as fotos de um Multilaser G Pro com a de um iPhone. São propostas totalmente diferentes, ok?
O G Pro tem câmera dupla e oferece o efeito bokeh, que desfoca objetos em distância diferente daquele que está focado. Esse efeito é bem legal, e incrivelmente preciso considerando que é um aparelho barato! Ele também oferece um modo noturno que dá uma pequena melhorada nas fotos com pouca luz. Não é grande coisa, mas dá pra se divertir bem.
Ele só peca nas selfies, mesmo para um aparelho de baixo custo. Com pouca luz, melhor nem tentar tirar selfie com o G Pro. Em ambientes bem iluminados já dá para o gasto.
A gravação de vídeos também tá um pouco melhor do que eu poderia esperar, com qualidade bem ok. Menos na selfie, que de novo é bem decepcionante.
E é legal também que o aparelho tem espaço para dois cartões de operadora e mais um micro SD para você aumentar a capacidade de armazenamento, guardando as fotos no cartão para instalar mais aplicativos na memória interna, que é de apenas 32 gigabytes. Mesmo tanto da maioria dos concorrentes.
O sofware dele é bem limpo, tem bem pouco aplicativo instalado de fábrica e aparência de Android puro. Tá bem otimizado e, para isso, oferece pouca opção de customização. E como é um aparelho barato, com hardware modesto, se você encher de aplicativo para incluir funções extras, pode ser que tenha problemas. Aparelho barato é melhor usar como vem de fábrica.
Multilaser G Pro vale a pena?
E aí, afinal de contas, vale a pena ou não? Sim, vale bastante. O G Pro foi lançado por novecentos reais, um preço meio alto para um aparelho com 2 GB de memória RAM, só. Mas ele entrega boa performance mesmo assim, e já caiu para menos de setecentos reais no varejo online (e voltou para cerca de R$ 750). Já cheguei a encontrar por R$ 600, um preço muito bom pelo que ele entrega.
Alternativas? Você pode pegar um LG K12 Plus, Max ou Prime, ou o K40S ou mesmo o K50s, todos mais ou menos nessa mesma faixa de preço, mas acho que o desempenho deles fica abaixo, especialmente em jogos. O Moto E6 Plus compete legal, na versão com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento. Não recomendo a de 2/32 GB – que seria igual ao G Pro, mas bizarramente inferior. Esse smartphone de entrada da Motorola também está mais ou menos na mesma faixa.
Tem também o TCL L10, que eu também já testei aqui, e não achei que compete de igual para igual, também, não.
Nessa faixa de preço, é difícil encontrar modelos da Xiaomi. Tem os Redmi 7A, 7, 8A e 8, que são razoáveis, claro. Mas se você não quer arriscar a sorte com um importador ou importando por conta própria, o G Pro é uma das melhores opções nessa faixa de seiscentos a oitocentos reais, na minha opinião.
Sinceramente? Eu acho o o G Pro mais jogo que todos esses. Com relação a atualizações, algum modelo de entrada realmente recebe updates? Alguns pacotes de segurança e, com muita sorte, um upgrade da versão do sistema.
Reforçando: esse é um celular barato e tem seus defeitos. Mas no geral, entrega até um pouco mais do que eu esperava. A Multilaser tem feito um trabalho bem legal com seus smartphones e tem surpreendido. Se você quiser dar uma chance para essa marca brasileira, pode começar com o G Pro.